A Psicologia por trás do amor: uma análise do
ensinamento de Osho
By Leandro
Marques da Rocha25 de fevereiro de 2024 Psicologia
“Você deveria ser capaz de estar só, completamente só e, ainda assim, tremendamente feliz. Então, você pode amar. Então, seu amor não é mais uma necessidade, mas um compartilhar, não mais uma carência. Você não se tornará dependente das pessoas que você ama. Você compartilhará – e compartilhar é bonito. Esta é a diferença entre relacionar-se e relacionamento: relacionamento é uma coisa: você se apega a ele; relacionar-se é um fluxo, um movimento, um processo. Você encontra uma pessoa e você ama, porque você tem muito amor disponível.”
Osho, um renomado mestre espiritual e filósofo, oferece uma perspectiva única sobre o amor e a necessidade de amor que merece uma profunda análise psicológica. Em suas palavras, ele destaca a diferença crucial entre amar e precisar de amor, desafiando concepções tradicionais sobre relacionamentos e destacando a importância da autonomia emocional.
O ponto inicial de Osho é a capacidade de estar sozinho e, ao mesmo tempo, experimentar uma felicidade tremenda. Essa independência emocional é um aspecto fundamental da saúde psicológica, conforme destacado por várias correntes teóricas, incluindo a psicologia positiva e a psicologia humanista. Ser capaz de encontrar satisfação e contentamento dentro de si mesmo é um indicativo de uma mente emocionalmente resiliente e equilibrada.
O autor destaca que, ao atingir esse estado de completa autonomia emocional, a pessoa está então pronta para amar de uma maneira mais pura e desinteressada. Essa é uma afirmação psicologicamente poderosa, pois muitas vezes vemos relacionamentos baseados em carências emocionais, o que pode levar a dinâmicas tóxicas e dependência emocional.
Osho utiliza a expressão “compartilhar” para descrever a natureza do amor quando não é mais uma necessidade, mas uma escolha consciente. Aqui, podemos aplicar conceitos da teoria do apego na psicologia, destacando a importância de relacionamentos saudáveis que promovam a interdependência e a liberdade emocional. O compartilhamento implica reciprocidade e respeito mútuo, elementos cruciais para a construção de relacionamentos duradouros e enriquecedores.
Ao contrastar “relacionar-se” com “relacionamento”, Osho introduz a ideia de que o amor é um processo dinâmico e fluido. Essa perspectiva ressoa com teorias contemporâneas sobre a evolução dos relacionamentos ao longo do tempo, enfatizando a importância da adaptação e crescimento mútuo. A psicologia evolutiva sugere que a capacidade de formar vínculos profundos e significativos está intrinsicamente ligada à nossa sobrevivência como espécie, mas Osho destaca a importância de transcender meras necessidades biológicas para alcançar uma forma mais elevada de conexão emocional.
Em última análise, a análise psicológica do ensinamento de Osho sobre amor e necessidade revela uma abordagem holística e progressista para os relacionamentos. Sua visão desafia a ideia convencional de que a dependência emocional é inerentemente parte do amor, promovendo a ideia de que a verdadeira realização vem da autonomia emocional e do compartilhamento consciente. Esta abordagem não só ressoa com muitos princípios psicológicos contemporâneos, mas também oferece uma perspectiva valiosa para aqueles que buscam relacionamentos mais saudáveis e significativos.
Referência
OSHO. Rainbow Bridge, The. Chap. 29.
Fonte:https://mrochapsico.com.br/blog/a-psicologia-por-tras-do-amor-uma-analise-do-ensinamento-de-osho/
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